A Cidade baiana de Cachoeira preserva em suas ruas uma das manifestações mais ricas do País; A Festa da Boa Morte. Uma festa feita por mulheres de candomblé, mas num cenário católico.
Celebrada desde os primórdios do movimento abolicionista. Ainda hoje ela preserva seus traços característicos e particular, marcados pelo sofrimento de um povo que lutou para alcançar a sua liberdade, que resistiu e se rebelou contra os sofrimentos impostos pelo regime escravagista, desde a jornada de trabalho nas senzalas aos castigos e mutilações. E é justamente este o significado da comemoração, o agradecimento a Nossa Senhora, pela liberdade conseguida com muita dificuldade.
A Irmandade da Boa Morte é composta unicamente por mulheres, geralmente acima de 40 anos e descendentes de escravos. As irmãs se dedicam de corpo e alma à devoção de Nossa Senhora e têm a concretização da festa como um dever, uma obrigação que deve ser cumprida todo ano, para pagar a promessa feita pelos seus ancestrais.
As cerimônias são carregadas de extraordinária riqueza, desde os trajes especiais e jóias que as mulheres usam a cada dia, até as ceias oferecidas na casa da irmandade e o samba-de-roda.
A programação da festa é cheias de acontecimentos, estes sempre envoltos de turistas, devotos, curiosos, imprensa, cachoeiranos. Inclui a confissão na Igreja Matriz, um cortejo representando a morte de Nossa Senhora, uma vigília, ceia e uma procissão do enterro da santa.
Depois, é celebrada a ascensão de Nossa Senhora, seguida de procissão e de uma missa na Igreja Matriz da cidade.
São acontecimentos indescritíveis, carregado de fé e devoção. Tradição que deve perpetuar por muitos e muitos anos.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Irmandade_da_Boa_Morte
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